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questões

      Pela definição de Mota (1977, apud CARLESSO, 2012, p.72), a geada do ponto de vista meteorológico, é o fenômeno físico em que a umidade do ar se condensa, ido diretamente do estado de vapor ao de cristais de gelo.

       A geada consiste na queda da temperatura a nível inferior a 0°, valores medidos a cerca de 2m de altura do chão, em abrigo meteorológico específico. Há dois tipos de geada, as geadas de ADVECÇÃO (que ocorrem quando uma massa de ar é substituída por outra mais fria), e as geadas de RADIAÇÃO (quando há proeminente arrefecimento noturno, por falta de nuvens e baixo valor da radiação da atmosfera). Neste caso, com balanço negativo da radiação, pouco vento, o ar em contato com a superfície, arrefece (esfria) (ABREU et.al, 2010). Nesta camada de ar arrefecida, a temperatura sobe em altura, ou seja, quanto mais próximo ao chão, mais frio estará a camada de ar, quanto mais distante do solo, mais quente, o que caracteriza a inversão térmica. Durante o dia, na troposfera, ocorre o processo oposto, as camadas de ar são mais frias com a altura. (ABREU et.al, 2010).

Quando ocorre a geada?

      Noites calmas e límpidas, temperatura baixa, umidade relativa do ar baixa, ausência de nevoeiro e vento, são as condições climáticas favoráveis para a ocorrência da geada. (CARLESSO, 2012, p.72). A ocorrência de ventilação (mesmo que leve) sobre as plantas e superfície, evita a formação de cristais de gelo.

      Há períodos nos estágios de desenvolvimento das plantas em que estas estão mais sensíveis as baixas temperaturas, a ocorrência de geadas pode gerar sérios dados e prejuízos a produção agrícola. Carlesso (2012) nos lembra, que as geadas nos períodos de inverno, são menos prováveis de ocasionar dano as culturas adaptadas, uma vez que essas desenvolvem mecanismos de aclimatação. O risco maior de dano as culturas se encontra em geadas tardias, no início do outono e ou primavera.

      A geada pode causar danos as plantas, ocasionando a morte das células epidérmicas. Uma geada branca, não é sinal necessariamente de geladura, pois caso a planta não tenha atingido seu limite de resistência, a geada não terá ocasionado a morte dos tecidos vegetais. Diferente da geada negra, que ocasiona a destruição dos tecidos.

      Conhecer os processos de formação da geada e a forma como impactam as plantas, é fundamental para tornar eficaz o combate aos danos da geada. Ante aos danos o produtor pode adotar duas posturas: a proteção passiva por meio de medidas preventivas, ou atura ativamente durante a ocorrência da geada (ABREU et. al.  2010.)

O que a geada afeta?

      Abreu et.al (2010) nos revela que numa noite de geada, os órgão vegetais perdem demasiado calor, ficando cerca de um a dois graus Celcius, abaixo da temperatura do ar. A temperatura de um órgão vegetal é medida por meio do balanço energético do órgão. Com a queda da temperatura, as soluções aquosas nos tecidos vegetais, não congelam imediatamente. Verifica-se o fenômeno da sobrefusão, de acordo com o potencial osmótico. Caso a temperatura continue a cair, o congelamento é inevitável, levando ao congelamento as soluções extracelulares, com potencial osmótico mais alto (pressão osmótica mais baixa). Durante este processo, a água sai das células, ocasionando a desidratação dos protoplastos.

      Além dos danos da desidratação celular, podem ocorrer a desnaturação das proteínas, transição de fase das membranas celulares, e perfuração das membranas. Quanto ao congelamento intracelular. O mesmo autor ainda nos diz que se existir na natureza, restringe-se aos tecidos mais sensíveis expostos as temperaturas com descidas mais abruptas.

Como a geada afeta?

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Que é geado-resistência?

      Várias plantas desenvolvem mecanismos de resistência. Esses limites de resistência, variam de acordo com a fase fenológica da planta, o nível de aclimatação e a concentração de nucleadores de gelo (bactérias). A resistência das plantas e tecidos à geada configuram a geado-resistência. Os variados tecidos e órgãos nas plantas apresentam diferentes níveis de resistência a geada. A resistência maior se dá nos períodos de dormência. E são os órgãos sexuais os mais atingidos. O nível de resistência varia de acordo com o estado fenológico da planta, ambiente, concentração de nucleadores de gelo. (ABREU et. al, 2010).

      A geado-resistência, pode ser induzida por fatores ambientais, aumenta com o nível de dormência do tecido da planta, e diminui com a taxa de crescimento. A perca da geado-resistência caracteriza a desaclimatação.

      Há três categorias de tecidos, quanto ao modo como aclimatam (Abreu, 1985 apud ABREU et.al, 2010):

       *Tecidos sem capacidade de aclimatação;

       *Tecidos em que a tolerância à congelação não é induzida, mas há aumento da evitação –ocasionado pela aclimatação devido ao acumulo de açúcares, por hidrólise do amido, baixando o ponto de fusão da solução celular;

       *Tecidos em que a aclimatação induz tolerância à congelação.

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